Segundo um post no ótimo blog Acerto de Contas, da jornalista Giane Guerra, Fernando Pomzioscyk, gerente-executivo da Michael Page, revela um dado impressionante: no Rio Grande do Sul há carência de profissionais com fluência no inglês. Você pode ver essa matéria aqui.
Na reportagem da Giane, vê-se que o item mais escasso no currículo dos profissionais das mais diversas áreas é o inglês. Pra ser bem sincero, esta informação, pra mim, não é novidade. Tendo trabalhado há 12 anos exclusivamente no ensino de inglês em empresas para gestores de várias indústrias e junto a RHs, vejo como o profissional brasileiro realmente precisa se qualificar na língua inglesa.
E os motivos para essa realidade? Posso apenas supor alguns. Um poderia ser aquele sentimento “antiamericano” que polvilhou o mundo acadêmico nas décadas de 70, 80 e 90, que rotulou o inglês como a “língua da dominação”, como um amigo costumava me dizer. O que o pessoal não se deu conta (ainda) é que há tempos o inglês deixou de ser a “língua dos EUA”. Não nos esqueçamos, aliás, que se tem um país a ser o titular do idioma é a Inglaterra, não o Tio Sam, ademais, há mais de dez anos o mercado internacional usa o inglês como sua língua principal. Ou seja, se tem um “lugar” que pode se apresentar como o que usa o inglês como sua língua oficial é o Mundo dos Negócios.
Um outro motivo seria um perfil mais bairrista do profissional sul-americano e sua inclinação a falar mais espanhol como língua estrangeira, devido a sua proximidade com Argentina, Chile e Uruguai. Países estes que, curiosamente, apresentam um maior número de falantes de inglês do que aqui.
De qualquer forma, o post no blog da Giane Guerra acende uma luz amarela, a de que os nossos profissionais precisam, urgentemente, qualificarem-se no idioma de Shakespeare, pois o resto do mundo, aparentemente, já entendeu que já não se trata mais de um item a mais no currículo, mas de um conhecimento fundamental.